Conhecida apenas por três letras, a GHB pode ter provocado a morte de um rapaz de 24 anos; uma outra jovem está internada
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A droga pode ser encontrada no estado líquido ou em pó e é consumida em pequenas doses
Uma nova e mortal droga conhecida apenas por três letras, GHB, acaba de chegar a Belo Horizonte. E pior, já começa a fazer vítimas. Na madrugada do último sábado (15), F.M.S., de 24 anos, e uma amiga passaram mal e foram levados para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-Sul da capital. Minutos depois, ele entrou em coma e morreu. A moça ficou entre a vida e a morte e segue internada em um hospital particular.
A suposta substância alucinógena consumida pelos jovens é um ácido chamado Gama-hidroxi-butírico (GHB). A droga, que ganhou espaço na noite de BH, é chamada pelos usuários de “G”, em inglês, ou “Di”, em português. Alguns também atribuem ao entorpecente o nome de ecstasy líquido. Produzida em laboratório, ela é incolor, sem cheiro e tem gosto levemente amargo. Normalmente é misturada à bebida.
Dois amigos dos jovens, que pediram anonimato, garantiram que eles, após a ingestão de bebida alcoólica, usaram a substância alucinógena na noite da última sexta-feira (14), quando estavam em um bar da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em seguida, foram para uma casa noturna da capital. Porém, antes mesmo de entrarem, começaram a passar mal. A moça vomitava muito e F.M.S desmaiou. “Era a primeira vez que eles estavam consumindo a droga. Ele tentou ajudar a amiga que passou mal, mas não resistiu e desmaiou”, contou um dos amigos da vítima.
Os colegas levaram os dois para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII e, em seguida, para a UPA Centro-Sul. Para os médicos, conforme nota oficial enviada pela Secretaria Municipal de Saúde, os dois apresentavam quadro clínico complicado. F.S. estava inconsciente, sem resposta motora, verbal ou ocular. A suspeita era de “intoxicação alcoólica e outras substâncias”, informa a nota.
O rapaz sofreu uma parada cardíaca e passou por procedimentos de reanimação pelos médicos, mas não respondeu aos estímulos e morreu por volta das 6 horas de sábado. A amiga de F. também passou pelo atendimento de emergência, teve boa resposta às manobras de reanimação e foi transferida para o HPS. O corpo de F. foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e o laudo conclusivo da morte será emitido em 45 dias.
Segundo a assessoria da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), F. e a amiga não chegaram a passar pela triagem do HPS. Ao procurar atendimento, um colega deles teria dito que os dois estavam alcoolizados, omitindo qualquer informação sobre o uso de drogas. A funcionária de plantão sugeriu que fossem para a UPA mais próxima. Ainda conforme a assessoria, caso tivesse sido informada a suspeita da ingestão de alguma substância ilícita, os dois seriam atendidos no local.
Fonte: Renato Fonseca - Do Hoje em Dia - 19/10/2011 - 08:34 |
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