As “smart shops” são um fenómeno recente na Europa que já extravasa o velho continente e que acarreta uma grande preocupação para autoridades e famílias.
Estas lojas abertas ao público vendem fertilizantes para plantas, a Mefedrona, que quando consumida por humanos, inalada ou tomada por via oral, tem efeitos muito semelhantes ao ecstasy e à cocaína. Os mais conhecidos como o Blow, o Bloom, a Sálvia e o Spice, entre outros, são consumidos como substâncias psicoativas.
Segundo Paula Vale de Andrade, do Instituto da Droga e da Toxicodependência, o grande problema destas drogas é que, como não são testadas, «não houve tempo ainda para perceber quais são os efeitos secundários a médio e longo prazo, são uma roleta russa». São novas substâncias que vão aparecendo no mercado e fogem às malhas da lei, trabalhadas em laboratório com alteração química para que não sejam catalogadas como drogas e tenham caráter legal.
A reboque desta questão das “drogas legais” há uma falsa ideia de que o que é legal, não faz mal, nem causa tantos danos como as drogas ilegais.
Aos hospitais continuam a chegar consumidores destas novas drogas, com problemas de desequilíbrio mental, crises de pânico e ansiedade, surtos psicóticos, dissociação da realidade, registando-se já algumas mortes provocadas por estas substâncias a nível europeu.
Outro fenômeno recente é o “Binge drinking".
Esta é a expressão para descrever o consumo excessivo de álcool que corresponde à ingestão de cinco ou mais bebidas alcoólicas num curto espaço de tempo.
Está ligado à indústria e à cultura do lazer e da diversão, às noites de fim-de-semana, na rua, nas festas, bares, discotecas e ambientes de clube, em que os consumidores são maioritariamente jovens.
Paula Vale de Andrade garante que esta prática de consumo copioso de bebidas brancas (vodka, absinto, tequilas), por vezes associadas a bebidas energéticas, tem vindo a aumentar no seio de uma camada cada vez mais jovem (14-16 anos), com todas as sequelas que isso acarreta do ponto de vista do comportamento, com padrões muito agressivos, muito inquietos e com as lesões que esta atitude provoca a nível hepático e da saúde mental.
Acresce o problema da habituação nos jovens, um consumo que pode ser já considerado preocupante a nível daquilo que são os dados da Europa.
Fonte: www.jornaldamadeira.pt |
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